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31 dezembro, 2009

Novo rumo de vida (solitária)

Pois é, a vida dá mesmo muitas voltas!

Infelizmente desaparecido alguns meses por infortúnio da vida amorosa que me deixaram algo fragilizado emocionalmente pois o que eram dias passados na mais pura ilusão de uma paixão vivida a dois, hoje não passam de histórias de muita melancolia e nostalgia que, com saudades, recordo.

Descendo tranquilamente três lanços de escadas baixas e estreitas surpreendi-me com dois pés perfeitos e pequenos que alternavam entre si a cada degrau e, subindo o olhar mais e mais, os meus olhos vislumbravam uma linda mulher na casa dos vinte, fisicamente muito atraente envergando um vestido azul pouco comprido e algo decotado, a jeito de atrevimento. A sua estatura mediana e o seu sorriso disfarçado mas avassalador deixou-me a olhar para trás, parado como se aquela figura tivesse prendido os meus movimentos. Olhou para trás e fixamente olhando nos meus olhos, rasgou um sorriso firme, poderoso o suficiente para me roubar outro.

Já na sala de refeições daquele requintado hotel, sentado numa mesa grande e espaçosa, vazia mas acolhedora que subitamente alguém me aborda perguntando se podia sentar, era ela, aquele sorriso era incomparável e deixou-me, uma vez mais expectante, aceitei. Revelou-se dotada de uma grande inteligência e simpatia, uma envolvente conversa desenrolou-se e sem dúvida, que aquela refeição soube muito melhor e o tempo voou. Não me despedi sem antes pedir um contacto, queria poder ter uma vez mais aquela companhia, poder conversar com aquela mulher era um privilégio que raramente se encontra e que cativa qualquer pessoa. Combinamos encontrar-nos mais tarde para um café, num espaço descontraído.
Subi ao quarto, permaneci longas horas ora deitado na cama a ver TV, ora de frente ao computador, ou então simplesmente de pé junto à janela a vislumbrar a cidade, mas o meu pensamento estava enfeitiçado, controlado por imagens daquele almoço tão diferente, tão especial. E já passavam das 21 horas quando o telefone soou um toque, uma mensagem curta apenas referia “junto à entrada, daqui a 15 minutos” e nem 10 minutos tinham passado já estava lá, não a queria fazer esperar, uma senhora nunca espera.

[continua...]

JC © 2009