Fantasias no areal

Foi numa bela tarde de praia que as ideias nos eram mais férteis, talvez por culpa da brisa fresca do mar ou talvez por acção do sol brilhante e quente que nos incendiava o pensamento já de si bastante escaldante, enfim, o importante era mesmo não imaginar demasiado para não ficáramos ainda mais nervosos.
Frente a frente, nós dois e o mar ali presente a regalar-nos com a sua maravilhosa melodia, conversávamos tranquilamente sobre fantasias que gostássemos de partilhar. Ao inicio fui mais criativo, mas quando ela decidiu expor a sua, fiquei surpreendido, dizia-me que gostaria de experimentar na praia deserta numa noite de luar, numa noite quente de verão onde apenas as ondas e a brisa do mar sentisse a nossa presença.
Não quis esperar mais, estava ansioso, desejoso que a noite caísse e toda aquela imensidão de areal ficasse vazio, olhava para ela num jeito perverso, imaginando-a já sem roupa, deliciando-me com aquela visão do paraíso, ela olhava-me da mesma maneira, sentia que ela ainda estava mais ansiosa que eu. De volta a realidade e até porque já algo em mim crescia em jeito palpitante debaixo dos calções, convidei-a para um mergulho, estava quase sem ninguém na água aquela hora, já eram quase oito horas da noite mas continuava um delicioso calor, convidativo a mais uma visita aquela água serena, ausente de ondulação.
Abracei o seu corpo quente por trás, ela encostou-se ainda mais a mim, provocante, de mansinho mostrou-me o seu pescoço liso, sorriu como a pedir para o beijar, fiz-lhe a vontade e deixei-me levar pelo intenso momento vagueando uma mão pelos seus seios rijos, mas ainda não era altura para tais euforias então ela virou-se e puxou-me em direcção ao mar.
Entrámos por fim na água em tom de brincadeira, abraços, beijos, salpicos de água, tudo servia para nos rirmos, para mostrar um ao outro o sentimento de bem-estar e de desejo ardente que pairava no ar...

[continua...]

Johnny © 2008